14 de dezembro de 2025
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Você sabia que o Waze pode vender seus dados e lucrar com seus trajetos ?

O aplicativo Waze, popular entre motoristas por sugerir rotas e evitar engarrafamentos, não é tão gratuito quanto parece. O que está em jogo, na verdade, são os hábitos de deslocamento dos usuários, que são vendidos para empresas interessadas em mapear o comportamento da população nas ruas. O Google, que comprou o app por US$ 1 bilhão, não pagou pelo GPS em si, mas pela enorme base de dados sobre onde, quando e como as pessoas se movem.

Mais do que indicar caminhos rápidos, o Waze prioriza rotas lucrativas. Ele exibe “postos parceiros”, “cafés com desconto” e “shoppings com promoções” que fazem parte de campanhas geolocalizadas. Estima-se que mais da metade dos usuários desvia do caminho original por causa dessas ofertas. Grandes empresas como McDonald’s, redes de postos, shoppings e imobiliárias usam essas informações para decidir onde investir, abrir unidades ou como interpretar o comportamento de clientes em potencial.

Cada dado tem seu preço: o horário que você sai de casa, o tempo que passa no trânsito, os desvios que faz e onde costuma parar são monetizados em centavos mas que, em escala, rendem bilhões ao sistema de publicidade do app. O Waze é prova de que não existe app realmente gratuito. Se você não paga com dinheiro, está pagando com seus dados, sua atenção e seu tempo.

O que o Waze coleta dos usuários

  •  Horário em que o usuário sai de casa diariamente.
  • Locais onde costuma parar, como postos e estabelecimentos.
  • Tempo no trânsito e desvios feitos durante o trajeto.

Waze vende dados para empresas

  • O Waze comercializa informações de tráfego com grandes marcas.
  • Empresas usam esses dados para decisões estratégicas, como localização de novas unidades.
  • Os dados vendidos incluem horários, locais visitados e comportamento no trânsito.

Como o Waze exibe rotas com base em anúncios

  • O aplicativo pode priorizar rotas com parceiros comerciais.
  • Aparecem ofertas como “posto parceiro” ou “shopping com promoção”.
  • Mais de 50% dos usuários alteram o trajeto após receber essas sugestões.