Edjane Cunha, viúva de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como “Clezão”, que faleceu no presídio da Papuda após passar mal, protocolou uma representação contra Alexandre de Moraes na Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta quarta-feira (6/12). No documento, ela solicita a perda do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o magistrado teria cometido crimes passíveis de penas que variam de 10 a 31 anos de prisão.
O advogado Tiago Pavinatto, representando a viúva e as duas filhas de “Clezão”, afirma que Moraes teria praticado “maus-tratos em modalidade qualificada, abuso de autoridade e tortura”. Argumenta ainda que o ministro violou 32 dispositivos legais ao manter o “patriota” detido mesmo após parecer favorável à soltura emitido pela PGR, dois meses antes do falecimento do empresário de 46 anos, ocorrido em 20 de novembro.
Edjane Cunha relata na representação que Cleriston mal conseguia caminhar para os banhos de sol e alega que Moraes adotou uma “conduta omissiva dolosa”, ignorando o laudo médico que indicava a urgência na libertação do marido. Trechos do documento sugerem a possibilidade de pena privativa de liberdade para o ministro, seguida da perda definitiva do cargo e impedimento de exercer a magistratura.