O governo Lula (PT) assinou nesta quinta-feira (27/6), em Brasília, acordos com servidores técnicos administrativos em educação (TAEs) e professores de universidades e institutos federais (IFs). No fim de semana, as categorias decidiram, em assembleias, encerrar a greve que já se estende há mais de três meses, no caso dos técnicos, e há dois meses, no caso do docentes.
Não haverá correção em 2024, mas está acertado um reajuste nos dois próximos anos, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, para os professores, e de 5% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, para os técnicos. Assinaram o documento o Sindicato Nacional dos docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
“Reitero o reconhecimento aos servidores da educação federal do Brasil. Sempre disse que são justas as reivindicações”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana, no ato de assinatura dos acordos. “Nem sempre a gente conquista 100% do que reivindicamos. Trazemos aqui o abraço do presidente Lula”, prosseguiu. Ele disse que ainda há “um longo caminho” pela frente e citou a necessidade de recomposição dos orçamentos das universidades e do próprio MEC.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse que o acordo foi “fruto de uma abertura democrática”. “Esse governo jamais vai ser contra sindicatos, jamais vai ser contra greves”, afirmou Dweck. “Sabemos que não atendemos a totalidade, mas acho que foi um processo importante de diálogo que chegou a uma assinatura e fiz questão de participar”. Ela frisou que essa foi a única assinatura de acordo com uma categoria do funcionalismo em que a ministra esteve presente pessoalmente.