O uso precoce e descontrolado das redes sociais por crianças voltou a acender o alerta após a morte trágica de Sarah Raíssa Pereira, de apenas 8 anos, em decorrência do chamado “Desafio do desodorante”. A menina inalou o spray de aerosol ao tentar reproduzir o conteúdo que circula nas plataformas digitais e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Apesar das tentativas de reanimação, o quadro evoluiu para morte encefálica e o óbito foi confirmado no sábado.
A mãe da criança, Maria Pereira, de 30 anos, desabafou sobre a dor da perda e o alerta que fica para outras famílias. “O que eu deixo para outras mães é que, independentemente de horário ou controle, uma criança não deve ter acesso a telas. Elas não têm maturidade para entender o perigo que pode estar ali”, disse, emocionada. Maria explicou que o uso do celular era limitado e supervisionado, geralmente restrito a noites e fins de semana, fora do período escolar.
O desafio, que incentiva a inalação do produto por tempo prolongado, já é conhecido por seus riscos fatais, mas continua a circular entre perfis infantis e adolescentes. O caso de Sarah escancara o impacto de conteúdos inapropriados que escapam dos filtros e alcançam o público infantil, gerando consequências irreversíveis.