A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) enfrenta uma crise financeira que ameaça seu funcionamento até dezembro. Mesmo com a liberação de um crédito suplementar de R$ 347 milhões pelo Ministério da Educação (MEC) no mês passado, a Ufal recebeu apenas R$ 3,5 milhões desse montante. Este valor é insuficiente para manter as operações da universidade até o final do ano. Para continuar funcionando, a Ufal precisa de R$ 36,8 milhões.
A verba de R$ 3,5 milhões é apenas uma fração do necessário para cobrir os custos dos quatro campi da Ufal: A.C. Simões, Engenharia e Ciências Agrárias, Arapiraca, e do Sertão. Segundo a equipe técnica da Ufal, os recursos atuais só garantem o funcionamento até agosto. Para manter contratos e a manutenção predial, a instituição necessita de um financiamento significativo. A última Nota Técnica da Pró-reitoria de Gestão Institucional (Proginst) detalha a situação financeira da Ufal. Atualmente, a universidade dispõe de R$ 109,16 milhões para gerenciar, sendo R$ 107,27 milhões para custeio e R$ 1,89 milhões para investimentos. No entanto, apenas R$ 66,18 milhões estão disponíveis para a manutenção da infraestrutura física.
Luísa Oliveira, coordenadora de Programação Orçamentária da Proginst, explicou que o custo mensal dos contratos da universidade é de aproximadamente R$ 6 milhões, e os R$ 3,5 milhões recebidos não cobrem nem um mês de despesas. A Ufal enfrenta uma dívida provável de R$ 20,97 milhões para o ano de 2024, além de precisar de R$ 15,85 milhões para manutenções críticas, totalizando os R$ 36,8 milhões necessários.
Jarman Aderico, pró-reitor de Gestão Institucional, enfatizou a gravidade da situação e a necessidade urgente de mais recursos. Sem essa suplementação orçamentária, a Ufal terá dificuldades para continuar operando até o final do ano, impactando diretamente os alunos, professores e a comunidade acadêmica.
Com assessoria.