O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao centro das articulações pela paz entre Rússia e Ucrânia. Após se reunir com Vladimir Putin em Moscou, Lula pediu ao líder russo que declare um cessar-fogo estendido e defendeu a retomada do diálogo direto com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. A proposta de negociação entre os dois países ganhou força após esse movimento, e o Brasil passou a ser novamente procurado como interlocutor.
Na terça-feira (13), o chanceler ucraniano, Andrii Sybiha, ligou para o ministro Mauro Vieira pedindo que o Brasil use sua “voz competente” para convencer Putin a comparecer ao encontro marcado com Zelensky nesta quinta-feira (15), em Istambul. A presença do líder russo, no entanto, ainda é incerta — o Kremlin não confirmou se ele participará da reunião ou enviará representantes.
Mesmo após divergências entre Lula e Zelensky no passado, que enfraqueceram o papel brasileiro nas negociações, o Brasil volta a ganhar relevância. Caso se confirme, será o primeiro encontro entre os presidentes russo e ucraniano desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.