Segundo dados divulgados pelo Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a criação de empregos com carteira assinada no Brasil atingiu 241.785 vagas em fevereiro deste ano, número que representa uma queda de 31,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar disso, o resultado superou as expectativas de especialistas. As áreas de serviços, construção, indústria geral e agropecuária foram as que mais geraram empregos, porém, o salário médio dos novos trabalhadores caiu R$ 54,14, ficando em R$ 1.978,12. De acordo com especialistas, a desaceleração do mercado de trabalho brasileiro deve continuar ao longo deste ano, com previsão de criação líquida total de 800 mil vagas formais em 2023, após um saldo de 2,04 milhões em 2022. Apesar do índice de desemprego no Brasil ter apresentado queda no trimestre até novembro de 2022, atingindo 8,1%, a menor taxa para esse período desde 2014, os especialistas preveem uma estabilidade da taxa de desemprego em 2023.
A população ocupada atingiu 99,7 milhões de pessoas, renovando o recorde da série histórica da Pnad, porém, o crescimento da população ocupada desacelerou, o que pode ser associado à redução do ritmo da atividade econômica. Diante do contexto de juros elevados, alguns analistas preveem um cenário de relativa estabilidade para a taxa de desemprego em 2023.