A Federação Paulista de Futebol (FPF) voltou a proibir a entrada de vestimentas, faixas, bandeiras e instrumentos da Gaviões da Fiel nos estádios até 31 de dezembro de 2026. A decisão, assinada pelo vice-presidente Mauro Silva em 10 de dezembro, atende a uma recomendação da Promotoria de Justiça do Juizado Especial Criminal Central. O veto atinge a principal organizada do Corinthians, que volta a ser impedida de se manifestar nos jogos após nova ocorrência de violência.
A medida foi motivada por uma briga envolvendo torcedores uniformizados de Corinthians e São Paulo após o clássico de 20 de novembro, válido pela 34ª rodada do Brasileirão. O promotor Roberto Bacal relatou que o confronto ocorreu na Rua Conselheiro Carrão, no Bixiga, e envolveu membros identificados da Gaviões da Fiel e da Torcida Independente. O episódio reacendeu a preocupação das autoridades com a segurança nos arredores das partidas.
Segundo o ofício do Ministério Público, as imagens mostram um confronto armado e previamente planejado, com grande número de participantes e uso de objetos, artefatos, bombas e explosivos. O promotor destacou que a ação provocou tumulto e pânico entre moradores da região, reforçando a necessidade de medidas mais rígidas. A recomendação levou a FPF a restabelecer a punição, interrompendo a recente liberação concedida às organizadas corintianas.
A Gaviões da Fiel informou, por meio de sua assessoria, que seu departamento jurídico já tomou conhecimento da nova determinação e irá se manifestar no momento oportuno. Em outubro, a FPF havia liberado o retorno das organizadas do Corinthians após seis meses de punição pelo uso de rojões na final do Paulistão. A liberação só ocorreu após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre torcidas, Ministério Público e Polícia Militar.










