O terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caminha para o encerramento marcado pelo maior déficit nas contas públicas desde a criação do Plano Real. Dados do Tesouro Nacional e projeções do mercado financeiro indicam que o desequilíbrio fiscal se aprofundou nos últimos anos, mesmo após a adoção das novas regras do arcabouço fiscal.
O resultado negativo das contas do governo federal voltou a ser registrado em 2023 e permaneceu sob forte pressão ao longo de 2024 e 2025. O cenário revela dificuldades recorrentes para o cumprimento das metas fiscais estabelecidas pela equipe econômica, ampliando as preocupações sobre a sustentabilidade das finanças públicas.
A situação é agravada pelo crescimento dos gastos obrigatórios, pela ampliação de investimentos em programas sociais e pelo aumento das despesas com o funcionalismo público. Esses fatores elevaram significativamente o peso das despesas sobre o orçamento da União.
Apesar de bloqueios orçamentários pontuais adotados pelo governo, o aumento da arrecadação não tem sido suficiente para acompanhar o ritmo das despesas.
