Maceió, 16 de junho de 2025.
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TCU investiga desvio de R$ 40 milhões no Conselho Federal de Odontologia por meio de pirâmide financeira

O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga um esquema de pirâmide financeira que pode ter desviado cerca de R$ 40 milhões dos cofres do Conselho Federal de Odontologia (CFO) entre 2021 e 2022. A operação suspeita, que movimentou cerca de R$ 100 milhões, envolveu diretores e ex-diretores da entidade, além da empresa Solstic Capital, Investimentos e Participações Ltda., do empresário Flávio Batel, morto em novembro de 2024.

Segundo a denúncia, Cláudio Yukio Miyake, que ocupava o cargo de secretário-geral do CFO à época, é apontado como o “operador financeiro” do esquema. Ele teria articulado os investimentos do Conselho na empresa de Batel, considerada uma pirâmide financeira. O empresário teria se aproximado de Miyake por meio de Carlos Alberto Kubota, sócio do presidente do CFO no Instituto Educacional União Cultural, em São Paulo.

A Solstic oferecia comissões de 5% a quem indicasse novos investidores e teria sido esse o atrativo que levou à participação de membros do CFO.

O documento apresentado ao TCU pede o afastamento cautelar de Cláudio Yukio Miyake da presidência do CFO, além de outros nomes envolvidos: Nazareno Ávila, Ataíde Mendes Aires, Élio Silva Lucas e Roberto de Sousa Pires. Todos são acusados de terem aprovado as contas dos exercícios em que ocorreram os repasses à Solstic e, por isso, são considerados corresponsáveis pelos prejuízos causados ao erário.

Atualmente, o CFO é responsável pelo registro de mais de 690 mil profissionais da área de odontologia no Brasil, incluindo 382 mil cirurgiões-dentistas.