A ALGÁS, distribuidora de gás natural em Alagoas, propôs um aumento de 94% na margem de distribuição do gás no estado, quando comparado ao valor aprovado no último ciclo tarifário (2023/2024). A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal) revisou o valor de margem bruta proposto para R$ 0,6958/m³, representado um aumento mais moderado, porém ainda significativo, de 44% sobre o valor aprovado no ciclo anterior.
O aumento será analisado em audiência na Arsal, ainda sem data definida. Na quinta-feira (25) terminou o prazo para o envio de contribuições para a consulta pública do tema. Segundo a ABRACE Energia, que representa os grandes consumidores de energia e gás natural, o prazo dado de apenas 11 dias úteis para o envio das contribuições da audiência foi insuficiente. O órgão havia pedido um adiamento do prazo, mas teve o pedido negado pela Arsal.
Para o diretor de Gás Natural da ABRACE Energia, Adrianno Lorenzon, se o reajuste for aprovado, o alto custo do gás no estado vai causar o efeito conhecido ‘ciclo da morte’. “É importante que a distribuidora perceba que o custo final da tarifa está incentivando a saída do gás natural do estado e que é necessário pensar em estratégias diferentes para conseguir diminuir esse valor. Caso contrário, a concessão de gás entrará no ‘ciclo da morte’, no qual consumidores saem do mercado de gás, o que reduz o volume, o que aumenta ainda mais a margem bruta e acaba por incentivar outros consumidores a saírem, e assim por diante”, explicou.
