O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer tratamento integral para a dermatite atópica, condição crônica que causa inflamações e coceiras intensas na pele. A medida foi anunciada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (26), com a incorporação de três novos medicamentos. A iniciativa amplia o cuidado desde casos leves até os mais graves. A decisão segue recomendação da Conitec.
Serão ofertadas duas pomadas: tacrolimo e furoato de mometasona e um remédio oral, o metotrexato. O tacrolimo será disponibilizado em concentrações de 0,03% e 0,1%, indicado para áreas sensíveis e reações a corticoides. Os novos tratamentos complementam os já ofertados, como cremes à base de corticoides e ciclosporina oral. O objetivo é tornar o tratamento mais eficaz e acessível.
A dermatite atópica é uma doença inflamatória de origem genética que provoca coceira, ressecamento e lesões. Atinge principalmente o pescoço, rosto, joelhos e cotovelos, com maior incidência na infância. Estima-se que até 25% das crianças e 7% dos adultos sejam afetados no Brasil. O diagnóstico é clínico e leva em conta histórico familiar.
Além dos impactos físicos, a condição pode gerar sofrimento emocional e exclusão social, especialmente em crianças. Lesões visíveis podem provocar preconceito e até afastamento escolar. Para o Ministério da Saúde, a ampliação do tratamento ajuda a combater esse estigma. A medida representa um avanço no cuidado integral e humanizado.