Os cinco ministros que compõem a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram manter a delação do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid por unanimidade. A Corte entendeu que a colaboração feita pelo militar é válida e que ocorreu de forma voluntária. Com isso, o primeiro dia de julgamento do aceite da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas será estendido até a quarta-feira (26).
Todos os recursos solicitados pela defesa dos acusados foram negados. Os advogados dos investigados questionaram se o STF era o tribunal competente para julgar o caso; se o julgamento deveria ocorrer no plenário ou em turmas; se Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin eram suspeitos; se existiam elementos que poderiam anular o processo; além da nulidade da delação premiada.
A única divergência ocorreu na decisão se o julgamento deveria ocorrer na Primeira Turma ou no Plenário. O ministro Luiz Fux entendeu que, por causa do foro privilegiado, todos deveriam ser julgados por toda a Corte, mas foi voto vencido, uma vez que todos os outros quatro membros da turma foram favoráveis a manter o júri no bloco.
Em sessão marcada para as 9h30 da manhã desta quarta-feira (26), os ministros passam a votar se aceitam ou não o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) em tornar réus Bolsonaro e sete aliados. O relator Alexandre de Moraes iniciará seu voto, seguidos por Flávio Dino, Luiz Fux, Carmen Lúcia e o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin.