O MDB de Maceió deve ganhar novo Diretório Municipal, segundo o presidente Regional em Alagoas, senador Renan Calheiros.
Seria – ou será – uma ação cartorial de de força para resolver um problema político: o partido não consegue ter prestígio eleitoral na capital, basta lembrar que última vitória para a prefeitura de Maceió foi em 1985.
De lá para cá, colecionou várias derrotas (inclusive com o próprio Calheiros).
Às vésperas das novas eleições municipais, o MDB não parece ter encontrado ainda um nome capaz de enfrentar JHC, candidato a reeleição.
Poderá tentar, como fez outras vezes, tomar um candidato emprestado e que possa brigar para quebrar essa “maldição”.
Rui Palmeira e Davi Davino seriam possibilidades factíveis, mas os dois são considerados “inimigos” do senador Renan pai, o que dificulta uma aliança.
Assim, o MDB de Alagoas, como a velha Arena, vai se consolidando como o partido do interior, sempre mais dependente da máquina pública e do cacique políticos local. Se as políticas sociais dos governos petistas quebrou um tanto disso – e a população reconhece -, o governo do Estado e as prefeituras continuam sendo decisivos a cada eleição.
Não por acaso, a pobreza por aqui parece um programa de governo.
Não são poucos os prefeitos, assim com deputados de redutos, que apoiaram Lula este ano, apesar da identificação político/filosófica com o bolsonarismo.
Detalhe: foi nas cidades interioranas, com o destaque para as do Sertão, que Dantas e Renan Filho conseguiram os votos que os elegeram no ano passado.
Fonte: Blog do Ricardo Mota