O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a gestão de Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia de Covid-19 e afirmou que poderia ter evitado a maior parte das mortes ocorridas no período. Em discurso nesta segunda-feira, em Itabira (MG), Lula declarou que, se estivesse no comando do país e Alexandre Padilha fosse o ministro da Saúde, “70% a 80% das pessoas que morreram” teriam sido salvas. Ele acusou Bolsonaro de agir com “falta de vergonha” e de zombar das vítimas ao imitar sintomas da doença em aparições públicas.
A declaração faz referência às cerca de 700 mil mortes registradas durante a pandemia e ao episódio em que Bolsonaro imitou pessoas com falta de ar, um dos sintomas mais graves da Covid-19. Lula afirmou que o Brasil “nunca mais terá um presidente que deixe morrer a quantidade de gente que morreu” por negligência na condução da crise sanitária.
O presidente também comparou a atuação de seu governo na área da saúde com a gestão passada, destacando investimentos como a inauguração do centro de radioterapia em Itabira. Segundo Lula, ações como essa mostram a diferença entre uma administração “que cuida das pessoas” e outra que tratou a pandemia com descaso. Padilha reforçou o discurso, dizendo que o atual governo trabalha para recuperar a estrutura do SUS.
A fala segue a estratégia definida pelo PT de contrastar constantemente os feitos da gestão Lula com a de Bolsonaro, linha que deverá orientar a comunicação do partido até a campanha de 2026. O presidente busca consolidar a narrativa de que seu governo prioriza a saúde e a vida, em oposição ao que classifica como negligência do governo anterior.










