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Saúde inicia ações do Janeiro Roxo para conscientizar sobre a hanseníase

Com o intuito de intensificar as ações de conscientização e redução de estigma sobre a hanseníase, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) deu início, nesta segunda-feira (16), à programação da Campanha Janeiro Roxo.

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Realizada pelo Programa de Controle da Hanseníase no II Centro de Saúde Dr. Diógenes Jucá Bernardes – uma das unidades de referência para o tratamento da doença no Município – a abertura da campanha contou com palestra para os usuários em sala de espera, fazendo a abordagem de sinais e sintomas da doença, além de orientações sobre como buscar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

“Temos trabalhando continuamente para manter a doença sob controle, estimulando o diagnóstico precoce, com a orientação e busca ativa realizada pelas equipes das unidades de saúde, promovendo o tratamento adequado, prevenindo incapacidades e quebrando a cadeia de transmissão, com a conscientização dos pacientes e suas famílias”, ressaltou a responsável técnica do Programa, Vânia Bernardino.

A oportunidade também promoveu a reunião de pacientes que estão em tratamento ou já curados, para sugerir a formação de um grupo de apoio e autocuidado, na qual sejam apresentadas palestras de orientação com especialistas e compartilhadas as experiências de cada um com o controle da doença.

O aposentado Ocival Lima, 59 anos, acompanhava a ação da campanha. Ele, que foi diagnosticado com hanseníase em 2018, até hoje precisa lidar com as sequelas da doença, que atingiu os nervos periféricos e prejudicou os movimentos musculares de suas pernas e pés.

“Fiz um ano de tratamento pelo SUS e me curei da doença. Mas até hoje sofro com as conseqüências, pois perdi a sensibilidade nos pés e sinto meus movimentos limitados, que me obrigam a andar com o auxílio de muletas. Por isso, acho importante que as pessoas tenham mais informações sobre essa enfermidade”, relatou.

Na ação de educação em saúde na sala de espera, o programa contou, com a atuação do Grupo de Palhaçaria Morhan (Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase), que, junto à responsável técnica Vânia Bernardino, esclareceu algumas dúvidas apresentadas pelos usuários.

Integrante voluntária do grupo do Morhan, a cabeleireira Albertina dos Santos aproveita as oportunidades para relatar sua própria experiência com a doença, que passou despercebida por algum tempo até que ela percebesse, numa sessão de fisioterapia, que estava sem sensibilidade na mão e parte do braço.

“Como eu já tinha psoríase, achei que não teria como ser acometida por outra doença de pele ao mesmo tempo. Então, busquei um diagnóstico mais preciso e pude me tratar da forma certa. Agora, faço esse trabalho de formiguinha, para informar as pessoas e reduzir o preconceito que ainda existe quando se fala em hanseníase”, disse Albertina.

Durante todo o mês de janeiro, as buscas ativas por casos sintomáticos serão realizadas nas Unidades dos oito Distritos Sanitários da capital, onde serão realizados atendimentos, exames e encaminhamentos para tratamento, caso necessário. Também irão ocorrer palestras em salas de espera para conscientizar a população sobre a doença.

Hanseníase

É uma doença infecciosa, crônica, causada pelo Mycobacterium leprae que acomete principalmente a pele, mucosas e os nervos periféricos. É preciso observar manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam; mas, que causam a sensação de formigamento e ficam dormentes, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque.

Clique aqui para conferir a programação do Janeiro Roxo.

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