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Saiba o que aconteceu com a cruz em que Cristo foi crucificado

 

A crucificação de Jesus é um dos eventos mais importantes do cristianismo, e a cruz se tornou o símbolo máximo dessa fé. Ao longo dos séculos, diversas igrejas e mosteiros ao redor do mundo afirmam possuir fragmentos da “verdadeira cruz”, a cruz onde Jesus foi crucificado. Esses locais geralmente baseiam suas alegações em relatos dos séculos III e IV, que narram a descoberta da cruz em Jerusalém.

Candida Moss, professora de História dos Evangelhos e Cristianismo Primitivo da Universidade de Birmingham, explicou que a história da descoberta da cruz por Helena, mãe do imperador romano Constantino, é fundamental para a crença na autenticidade dessas relíquias. No entanto, muitos historiadores modernos questionam se os pedaços de madeira exibidos em vários templos realmente são da cruz original.

Uma das principais razões para o ceticismo é que a madeira da cruz poderia ter sido reutilizada pelos romanos para outras crucificações. Além disso, Mark Goodacre, especialista em Novo Testamento da Universidade Duke, argumenta que a busca pela “verdadeira cruz” reflete um desejo de proximidade física com a fé, sendo mais um anseio do que uma realidade histórica.

A Bíblia relata que, após a morte de Jesus, seu corpo foi colocado em um túmulo, mas não menciona o destino da cruz. No século IV, o bispo e historiador Gelásio de Cesaréia escreveu sobre a descoberta da cruz em Jerusalém por Helena, que teria identificado a verdadeira cruz por meio de um milagre: ao tocar uma mulher doente, ela foi curada. Outra versão diz que a cruz verdadeira foi reconhecida por ter sinais de pregos.

Apesar das diferentes versões e da falta de comprovação histórica, a crença na “verdadeira cruz” continua a ser uma parte importante da fé cristã para muitos. A relíquia, seja autêntica ou não, representa o sacrifício de Jesus e a esperança da ressurreição.