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“Repasse ao máximo”: Bolsonaro admite envio de mensagem questionando urnas eletrônicas 

Em uma revelação recente, o ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu ter solicitado a um empresário o repasse de uma mensagem que questionava a confiabilidade das urnas eletrônicas. A revelação foi feita durante uma entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, em que Bolsonaro confirmou ter enviado a mensagem ao empresário Meyer Nigri.

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A mensagem, atribuída a Bolsonaro, ataca o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o instituto de pesquisa Datafolha, sem apresentar provas. No final da mensagem, Bolsonaro pede explicitamente: “Repasse ao máximo”. A investigação sobre um grupo de empresários que discutiu um possível golpe de estado pelo WhatsApp revelou essa mensagem.

No conteúdo, o ex-presidente critica membros do Supremo Tribunal Federal, comenta sobre fake news, critica o ministro Luís Roberto Barroso por defender a segurança do processo eleitoral e coloca em dúvida a confiabilidade do voto eletrônico, classificando-o como “interferência”. Após o envio da mensagem, Bolsonaro recebeu uma resposta de Meyer Nigri afirmando: “Já repassei para vários grupos!”. Nigri é um dos empresários alvos de mandados relacionados a conversas sobre um suposto golpe de estado no WhatsApp.

Em relação a Meyer Nigri, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu à Polícia Federal mais 60 dias para conduzir diligências. A PF também convocou Bolsonaro para depor no dia 31 de agosto, marcando o quinto depoimento do ex-presidente em investigações conduzidas pela PF. A defesa de Meyer Nigri afirma que ele apenas encaminhou mensagens de terceiros para estimular o debate de ideias, negando qualquer disseminação de notícias falsas. A defesa também ressalta que Nigri não possui contas em redes sociais ou plataformas de disseminação em massa e confia que a verdade será comprovada.

 

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