Os resultados do Censo do IBGE de 2022 lançaram um foco atento sobre o cenário político e demográfico de Alagoas. Com um crescimento populacional mínimo, apenas 0,2%, o estado se depara com desdobramentos que podem ter impactos significativos em sua representatividade e tomada de decisões no âmbito político.
O cenário de possíveis consequências decorre da possibilidade de perder uma vaga na Câmara dos Deputados e três vagas na Assembleia Legislativa, como mencionado anteriormente em veículos de notícias. A análise dos números coloca em pauta não apenas a composição legislativa, mas também a arrecadação municipal, principalmente no que diz respeito ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Entre os 102 municípios alagoanos, apenas 33 conseguiram registrar crescimento em suas populações. Esse cenário de declínio populacional traz consigo implicações que vão além da política, afetando diretamente o número de vereadores em algumas localidades. Essa preocupação se manifestou nas redes sociais através das palavras de Adeilson Bezerra, advogado especializado em direito eleitoral.
Para exemplificar o impacto, municípios como Campo Alegre observaram um declínio de 37,2% na população, uma queda expressiva de 51.121 para 32.106 habitantes em 2022. Esse declínio populacional não só interfere na representatividade, mas também na estrutura legislativa, com o risco de perda de duas vagas na câmara municipal. Em Ibateguara, a diminuição de habitantes de 15.149 para 13.731 implicaria na redução de legisladores de 11 para nove, enquanto Anadia, que apresentou uma população de 13.811 pessoas, uma queda de 20,25%, poderia perder dois representantes em sua câmara municipal.