Maceió, 09 de junho de 2025.
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PT rejeita candidatura de mulher trans à presidência do partido; apoiadores acusam ‘violência de gênero e de raça’

A movimentação nos bastidores para a eleição do Partido dos Trabalhadores (PT) continua a agitar a esfera política. Na última quarta-feira (21), a turismóloga Dani Nunes teve a candidatura rejeitada. Mulher trans e negra, ela e seus aliados afirmam que a postura do partido caracteriza violência de gênero e raça.

De acordo com o regimento eleitoral do PT, é necessário o apoio de cinco integrantes do Diretório Nacional para a candidatura ser validada. Dani atendeu o requisito. Porém, posteriormente, uma das assinaturas foi retirada. Ela recorreu ao argumentar que não tinha no regulamento qualquer explicação para a situação ocorrida na inscrição de sua chapa.

“Fui surpreendida, após vibrar de alegria e receber tanto afeto nas ruas e nas redes sociais. Meu chão ruiu, não esperava que a atitude individual de uma pessoa poderia comprometer todo um histórico de luta tanto meu, uma mulher trans negra moradora da Zona Oeste do Rio de Janeiro, quanto do partido que leva o nome da classe que faz este país acontecer. Espero do fundo do meu coração que tudo tenha sido um grande equívoco. Que o Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores não aceite este tipo de violência política, e de gênero e de raça”, disse.

O PT se manifestou e disse que a candidatura de Dani Nunes foi indeferida por não cumprir regras do regimento. Permanecem no pleito Edinho Silva, Valter Pomar, Romênio Pereira e Rui Falcão. A eleição está prevista para 6 de julho.