A megaoperação policial no Rio de Janeiro, que já é considerada a mais letal da história brasileira com 119 mortos, ganhou um desdobramento político e jurídico radical. Deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal entregaram um ofício ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitando a prisão preventiva do governador do Rio, Cláudio Castro (PL).
O pedido de detenção se baseia na alta letalidade da ação, que resultou em um número recorde de vítimas fatais, incluindo criminosos e policiais. A comissão argumenta que o governador tem responsabilidade sobre a política de segurança que levou ao massacre e busca uma intervenção imediata da PGR.
A ofensiva da Câmara ocorre em um momento de intenso escrutínio judicial sobre o Rio de Janeiro. O Supremo Tribunal Federal (STF) já exigiu explicações da PGR sobre a operação no âmbito da “ADPF das Favelas”, que monitora a violência e o uso da força policial no estado.
A solicitação de prisão preventiva contra um governador em exercício por parte de uma comissão parlamentar eleva o tom da crise na segurança pública e coloca o procurador-geral da República, Paulo Gonet, sob forte pressão política para se manifestar sobre a operação mais violenta já registrada no país.
