O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está confiante de ter parcialmente aprovado dois grandes temas econômicos em sua agenda, mas agora tentará consolidar sua base parlamentar e buscar ganhos para melhorar seus índices de aprovação.
Com a entrada formal do Centrão no governo, que começou a tomar forma no dia seguinte à aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados, é por onde passa a consolidação da sua base governista. Apesar da sigla não ter entregue votos quando o governo mais precisou, ele não vai desistir do União Brasil e deve acertar nos próximos dias a substituição de Daniela Carneiro, do Ministério do Turismo, por Celso Sabino.
A negociação mais difícil é com o PP de Lira, que, após ter frustradas as intenções de assumir a Saúde, está de olho no Desenvolvimento Social, chefiado pelo cacique petista Wellington Dias e responsável por programas sociais de grande exposição, como o Bolsa Família.
“Este mês o presidente está lançando o novo PAC, que terá como alicerce e diretriz basilar a sustentabilidade. E o novo PAC trará, como o anterior, investimentos em áreas de infraestrutura, saneamento, moradia, mobilidade, energia, tecnologia, digitalização, saúde, defesa”, disse Rui Costa, ministro chefe da Casa Civil, em evento, na semana passada, no Palácio do Planalto.
No que diz respeito à política externa, a ambiciosa meta de Lula para o segundo semestre é finalmente assinar as décadas de negociação do acordo econômico de livre comércio entre o Mercosul e a UE. À frente do bloco sul-americano pelos próximos seis meses, Lula espera resolver as questões durante esse período.