Maceió, 23 de maio de 2025.
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Prefeitura de Maribondo pode ter contas bloqueadas pela Justiça em valor milionário devido a irregularidades da gestão anterior

O prefeito de Maribondo, Bruno Teixeira, município do interior de Alagoas, tem corrido contra o tempo o município pode ter bloqueio judicial milionário em suas contas bancárias devido a uma série de irregularidades atribuídas à administração anterior. A medida, encaminhada pelo Tribunal de Justiça se refere ao inadimplemento das obrigações de pagamento de precatórios, vencidas em 31/12/2024.

Bruno Teixeira, que assumiu o cargo em 1º de janeiro de 2025, já tinha decretado situação de emergência administrativa no município, em fevereiro deste ano, após constatar o caos deixado pela gestão anterior. Segundo ele, a transição de governo foi realizada sem a devida transparência e com a ausência de informações essenciais sobre a realidade financeira, contábil, fiscal e administrativa da prefeitura.

Ao assumir o mandato, o atual gestor encontrou a administração municipal sem contratos para fornecimento de bens, materiais de consumo e serviços, o que causou o comprometimento dos serviços essenciais como atendimentos médicos, limpeza urbana, conservação de vias e transporte escolar.

“Encontramos os prédios públicos deteriorados, com problemas estruturais, mofo, infiltrações, equipamentos quebrados e presença de pragas. Além disso, havia desabastecimento de farmácias, acúmulo de lixo nas ruas, praças públicas sem conservação e uma frota de veículos em condições precárias. Também encontramos salários atrasados, especialmente de aposentados, e atrasos no pagamento de energia, internet, fornecedores e benefícios sociais”, destacou o atual prefeito.

Além dos problemas já listados, a gestão anterior não realizou o pagamento dos precatórios de 2024, mesmo já tendo sido informado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que não poderia haver atrasos na questão desse pagamento. Tais problemas também estão impossibilitando o pagamento de 2025. O bloqueio do Fundo de Participação dos municípios (FPM), em valor milionário, pode ser drástico para a população, inclusive referente ao pagamento do funcionalismo público.

A atual gestão da Prefeitura também tem buscado encontrar alternativas para sanar todos os problemas deixados pela gestão anterior, visando sempre garantir a continuidade dos serviços e garantir o bem-estar da população.

Sendo comprovado o desvio de finalidade dos recursos públicos, que deveriam ter sido destinados ao pagamento dos precatórios, pelos gestores anteriores, eles podem ser responder por crime de responsabilidade, além de receber as sanções por prática de ato de improbidade administrativa.