O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em mensagens obtidas pela Polícia Federal, que é preciso “segurar a narrativa” de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seria o sucessor de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2026. O parlamentar alertou o pai de que esse movimento estaria “muito forte” e que poderia enfraquecer o grupo bolsonarista.
Na troca de mensagens, Eduardo destacou que manter essa narrativa enfraquecida seria uma forma de “nos mantermos vivos aqui”. Ele ainda avaliou que Tarcísio não teria capacidade de conquistar espaço internacional, afirmando que apenas ele próprio e o jornalista Paulo Figueiredo teriam acesso direto à Casa Branca.
As mensagens fazem parte de investigações que resultaram no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de Eduardo. O relatório da Polícia Federal aponta movimentações do grupo em direção a um suposto plano de fuga e até a solicitação de asilo político à Argentina.
Pai e filho foram indiciados pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais. Bolsonaro já é réu com julgamento marcado no Supremo, que começa em 2 de setembro, na ação por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.








