Pela primeira vez, vacas leiteiras nos Estados Unidos testaram positivo para a variante D1.1 do vírus H5N1 da gripe aviária, aumentando as preocupações sobre o risco de pandemia em humanos. O anúncio foi feito pelo Departamento de Agricultura dos EUA nesta quarta-feira (data), confirmando a detecção da cepa no estado de Nevada.
Desde 2023, uma variante diferente do H5N1 já circulava em fazendas americanas, resultando em mais de 950 casos registrados em 16 estados e afetando tanto aves quanto mamíferos. Em 2024, trabalhadores rurais infectados relataram sintomas leves. No entanto, a cepa D1.1 é considerada mais perigosa, sendo associada ao primeiro óbito por gripe aviária registrado no país em janeiro.
A infecção em vacas tem causado sintomas como febre, perda de apetite, redução na produção de leite e sinais respiratórios leves. Especialistas alertam que o aumento do número de mamíferos infectados pode facilitar mutações do vírus, potencializando a transmissão entre humanos.
O temor é agravado pela falta de transparência nas informações federais, já que, desde a gestão de Donald Trump, vários relatórios epidemiológicos foram suspensos. Autoridades sanitárias seguem monitorando a situação, mas reforçam a necessidade de vigilância rigorosa para conter o avanço da doença.