Porto Alegre adota o 8 de janeiro como “Dia do Patriota” em meio a controvérsias dos atos antidemocráticos na sede dos três poderes

Uma nova data entrou para o calendário oficial de Porto Alegre (RS) com a criação do “Dia do Patriota”, celebrado em 8 de janeiro. Essa data, marcada por atos que levantaram preocupações quanto à democracia, envolvendo a invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem gerado debates e controvérsias na capital gaúcha devido a uma lei municipal aprovada pelos vereadores.

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A inclusão do “Dia do Patriota” no calendário festivo de Porto Alegre originou-se de um projeto de lei apresentado pelo vereador Alexandre Bobadra (PL) em março deste ano. O texto não explana explicitamente os episódios de violência ocorridos em Brasília, nem os motivos por trás da seleção dessa data para celebrar o “patriotismo”. Em vez disso, a justificativa do projeto, que ocupa duas páginas, aborda diferentes definições de patriotismo, citando o jurista Miguel Reale Jr., o filósofo Luiz Felipe Pondé e o escritor Olavo de Carvalho, conhecido como maior influência do bolsonarismo.

A decisão de instituir o “Dia do Patriota” no calendário oficial provoca discussões sobre a interpretação do 8 de janeiro, que é associado a atos que questionam a democracia e a ordem institucional. A medida também gera debates sobre a inclusão de eventos políticos controversos nas celebrações oficiais da cidade e destaca a necessidade de considerar o contexto e os desdobramentos desses acontecimentos ao conceder tal reconhecimento.

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