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Por que Haddad cancelou a “promoção’ do chefe da Receita que agiu para liberar joias de Bolsonaro

O ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, afirmou nesta segunda-feira 6 ter decidido anular a nomeação de Julio Cesar Vieira Gomes para o cargo de adido da Receita Federal na Embaixada do Brasil em Paris antes mesmo de Lula (PT’) assumir a Presidência, em 1° de janeiro.
Vieira Gomes comandava a Receita Federal quando o governo de Jair Bolsonaro tentou entrar no Brasil com um pacote de joias estimado em 16,5 milhões de reais. Ele foi nomeado para o posto na França em 30 de dezembro de 2022, um dia depois de tentar recuperar as joias, como revelou o G1.

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A nomeação foi assinada por Hamilton Mourão, presidente em exercício naquele momento – Jair Bolsonaro viajou aos Estados Unidos exatamente em 30 de dezembro.

“Já no ano passado eu me senti muito desconfortável com a criação desses adidos no exterior. Me parecia uma coisa muito imprópria, sendo feita a toque de caixa. Eram Abu Dhabi, Paris, outras cidades”, relatou Haddad nesta segunda.
“Solicitei ao presidente que em 1° de janeiro ele extinguisse essas adidâncias, para evitar que esses servidores pudessem sair do Brasil e ganhar uma pequena fortuna de salário no exterior sem responder pelo que eventualmente pudessem estar fazendo no Brasil, dada a pressa com que a coisa foi feita.”

Segundo o ministro, o objetivo de extinguir os cargos era impedir que pessoas deixassem o Brasil até o governo”entender” o que ocorria na Receita.

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