Waldimir Matos Soares, policial federal preso nesta terça-feira (19), estava sendo investigado por suspeita de repassar informações sobre a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a transição de governo. A Polícia Federal apurou que ele compartilhava dados pessoais de agentes responsáveis pela proteção de Lula com aliados de Jair Bolsonaro, além de ter comentado que aguardava uma “canetada” do então presidente para apoiar um golpe de Estado.
Soares atuava na segurança do hotel Meliá, onde a equipe de transição de Lula estava hospedada. Durante as investigações, foi descoberto que ele repassava informações confidenciais a membros do governo Bolsonaro e a outros alvos da operação. Em uma troca de mensagens com Sérgio Cordeiro, assessor especial de Bolsonaro, Soares mencionou que uma equipe do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal havia sido enviada ao hotel, após apoiadores de Bolsonaro tentarem invadir a sede da PF no dia 13 de dezembro de 2022.
Além disso, Soares foi envolvido no planejamento de um atentado contra o presidente eleito. A Polícia Federal descobriu que ele utilizava sua posição para obter e divulgar informações sensíveis sobre a segurança da transição, colocando em risco a integridade da operação e do novo governo. A prisão de Soares é um desdobramento de uma investigação mais ampla sobre possíveis tentativas de desestabilização do governo de Lula.