Um policial civil foi preso, nesta segunda-feira (2), após denúncia feita pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL). O agente teria envolvimento no homicídio do ativista político Kleber Malaquias, morto em um bar, no ano de 2020, em Rio Largo. Segundo a denúncia, o policial não apenas acompanhou a execução do crime, como também ofereceu apoio logístico.
As investigações do MPAL, em cooperação técnica com a Polícia Federal, comprovaram a relação do policial civil com o crime. Uma série de análises, a exemplo de movimentações bancárias que ocorreram no do dia homicídio, registros de ligações telefônicas e dados de geolocalização (GPS), revelam que o agente mantinha comunicação com outros réus no processo.
Outros três homens denunciados pelo MPAL pela morte de Kleber Malaquias vão a júri popular no dia 19 de setembro. São eles: F.J.S., E.E.L. e J.M.L.S. O crime ocorreu há pouco mais de quatro anos, no dia 15 de julho de 2020, no município de Rio Largo. O julgamento será realizado em Maceió, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes.
Segundo a denúncia, F.J.S. teria sido o executor do crime, enquanto J.M.L.S. e E.E.L. seriam partícipes. O MPAL pede pela condenação dos três por homicídio duplamente qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido o crime cometido mediante promessa de recompensa.
Kleber Malaquias era conhecido nacionalmente por denunciar crimes cometidos por políticos e outras autoridades. Segundo o MPAL, essa teria sido a motivação do homicídio, crime elaborado de forma minuciosa, contando com a adulteração de placa de veículos e a habilitação de linhas telefônicas para ocultar a comunicação entre os envolvidos.