Com a discussão da PL 1904/2024, conhecida como ‘PL do Aborto’, são diversos os relatos de quem precisou do atendimento mediante os caos autorizados judicialmente (estupro, risco de vida para a mulher e feto anencéfalo) e que tiveram o procedimento dificultado por profissionais ou pelo próprio judiciário.
No relato de uma mulher, que preferiu não ser identificada, ela conta que foi vítima de um estupro coletivo em uma festa aos 20 anos de idade, após ser drogada com um ‘boa noite Cinderela’. Ao procurar uma unidade de saúde para realizar o atendimento, foi culpada pelo médico da instituição.
“Ah mas olha a roupa que você está vestida. Você foi pra festa sozinha?”, questionou o profissional de saúde. Semanas após esse atendimento, a gravidez foi descoberta. Convicta de que não queria seguir com gestação, a vítima procurou um advogado e conseguiu a realização do aborto legal mediante decisão judicial, já que inicialmente o hospital se negou a realizar o procedimento.