A Polícia Federal em Alagoas deflagrou nesta terça-feira (2) a Operação Má Conduta, que investiga denúncias de coação a testemunhas por parte de um servidor público e um advogado em um inquérito sobre fraudes previdenciárias. Segundo a PF, o objetivo seria induzir depoimentos falsos para influenciar a investigação.
A ação cumpre quatro mandados de busca e apreensão autorizados pela 4ª Vara da Justiça Federal, com diligências em Porto Real do Colégio (AL) e Aracaju (SE). Cerca de 20 policiais federais participam da operação, que segue em andamento.
A investigação é um desdobramento da Operação Átropos, realizada em 7 de outubro, que apurou um esquema de fraudes em agências do INSS de Coruripe e Porto Real do Colégio. À época, foram identificados possíveis envolvimentos de um servidor e advogados, além de prejuízo estimado em R$ 1,09 milhão à Previdência Social.
Nesta fase, a PF busca provas da tentativa de pressionar testemunhas, prática enquadrada como coação no curso do processo, conforme o artigo 344 do Código Penal. A corporação afirma que a operação visa impedir novas interferências e garantir a lisura da apuração.
