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PF intima Bolsonaro, Michelle, Wassef, Cid e outros para depoimentos simultâneos para caso das joias

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras pessoas ligadas à investigação sobre a suspeita de venda ilegal de joias foram intimados pela Polícia Federal (PF) a prestar depoimentos simultaneamente no próximo dia 31 de agosto.

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Além de Jair e Michelle Bolsonaro, foram convocados pela Polícia Federal:

  • Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro;
  • Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro;
  • Marcelo Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
  • Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Mauro César Lourena Cid, pai de Cid, general da reserva que foi colega de Bolsonaro na Aman;
  • Osmar Crivellati, assessor de Bolsonaro.

O objetivo dos depoimentos simultâneos é evitar uma possível combinação de respostas e está previsto para o mesmo dia em que Jair Bolsonaro também deve ser interrogado sobre o caso dos empresários que discutiram golpe de Estado em mensagens de WhatsApp. Na sexta-feira (11), a Polícia Federal deflagrou a operação Lucas 12:2, sobre a suposta tentativa, capitaneada por militares ligados ao então presidente Jair Bolsonaro, como o advogado Frederick Wassef, que já defendeu a família Bolsonaro, e o ex-ajudante de ordens Mauro Barbosa Cid, de vender ilegalmente presentes dados ao governo por delegações estrangeiras.

A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na quinta-feira (17), Moraes determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Cid foi preso em maio, mas no âmbito de uma investigação que apura um suposto esquema de fraudes de cartões de vacina contra a Covid-19. No entanto, de acordo com a PF, Cid também é investigado no caso que envolve as joias.As joias em questão foram entregues como presentes ao governo brasileiro por outros países, como a Arábia Saudita.

Segundo a PF, a venda desses presentes começou a ser negociada nos Estados Unidos em junho de 2022. Naquele mês, Cid retirou do acervo de presentes um kit de joias, composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico, entregue a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019. No dia 8 de junho de 2022, Bolsonaro e Cid viajaram aos Estados Unidos para participar da Cúpula das Américas, em Los Angeles. Segundo a Polícia Federal, Mauro Cid levou, no voo oficial da FAB, o kit de joias. Cinco dias depois, de acordo com a PF, Mauro Cid viajou para o estado norte-americano da Pensilvânia para vender o relógio Rolex de ouro branco e outro relógio da marca Patek Philippe.

A PF localizou, a partir da análise de dados armazenados na nuvem do celular do ex-ajudante de ordens, um comprovante de depósito da loja no valor de US$ 68 mil nessa mesma data. Esse valor corresponde a R$ 332 mil. O advogado de Cid, Cezar Bitencourt, disse nesta sexta-feira (18) que o ex-presidente pediu para que Cid “resolver o problema do Rolex”. Ainda segundo ele, após a venda do relógio, Cid entregou o dinheiro para Bolsonaro ou para a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.

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