Imagens registradas na Praia de Pajuçara, em Maceió, mostram um peixe-boi-marinho sendo cercado e importunado, situação que acendeu um alerta em pleno período de alta temporada. Segundo Bruno Stefanis, do Instituto Biota, o chamado “molestamento” ao animal é uma infração ambiental e pode resultar em multa ao responsável, além de outras punições previstas em lei, com valores e enquadramento definidos pelo órgão ambiental competente.
“Molestar” um peixe-boi significa qualquer ação humana que perturbe o animal em seu habitat natural, como tocar, alimentar, perseguir ou se aproximar além do permitido. Essas atitudes interferem diretamente no comportamento do mamífero aquático, prejudicando atividades essenciais como alimentação, descanso e amamentação.
O estresse causado por esse tipo de interação pode resultar em ferimentos, alterações no comportamento e até na separação entre mães e filhotes. Além de ilegal, esse tipo de conduta compromete os esforços de conservação da espécie.
Segundo o Instituto Biota, a aplicação da multa e a definição de valores cabem ao órgão ambiental, como o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), que avalia cada caso conforme a gravidade da infração. Dependendo da situação, outras penalidades também podem ser adotadas.
Com a permanência do peixe-boi na área de Pajuçara e o aumento do fluxo de maceioenses e turistas no fim de ano, a preocupação é de que novos episódios de assédio se repitam. Caso o animal continue circulando pela região, ambientalistas temem que o período festivo se torne um cenário de risco constante para o mamífero.
