Eleito na última quinta-feira (8), o Papa Leão XIV teria enfrentado acusações de acobertar casos de abusos sexuais dentro da Igreja Católica nos Estados Unidos e no Peru, por onde passou por cargos de liderança e passou por episódios controversos.
Nos Estados Unidos, o então cardeal Robert Francis Prevost autorizou a permanência do padre James Ray, acusado de abuso sexual de crianças. Ray foi transferido dois anos depois. No Peru, três freiras denunciaram que ele ignorou relatos de abuso sexual cometidos por dois padres. Em outro caso no país latino-americano, ainda como bispo, Prevost teria engavetado denúncias de abuso contra três meninas em uma casa paroquial.
De acordo com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), porém, as informações não procedem. De acordo com o secretário-geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, o papa não apenas soube das informações, como organizou um processo sobre os casos e levou ao Vaticano, procedimento padrão para esse tipo de situação.
“O importante é que o processo foi à frente, e foi o próprio Prevost, na época, que organizou o processo e levou até Roma, para que fosse investigado até as últimas consequências. O processo ainda está em andamento. Portanto, não tem nada que possa, digamos assim, estar omisso em relação ao processo. Até o contrário, foi ele que trouxe o processo para que fosse bem investigado em Roma”, disse Hoepers.