O pai de Victor Bruno da Silva, jovem de 18 anos acusado de dopar, estuprar e agredir uma ex-colega de escola em Coité do Nóia, Alagoas, teria sugerido que a vítima se casasse com o agressor para “resolver a situação”. A informação foi divulgada pelo advogado da família da vítima, Ikei Gabriel. Segundo ele, o homem afirmou acreditar na inocência do filho e propôs que o caso fosse tratado de maneira “antiga”.
Victor Bruno teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e está foragido. O crime aconteceu em dezembro de 2024, quando ele teria atraído a vítima para uma chácara da família, onde os abusos ocorreram. Exames comprovaram que a jovem foi dopada com substâncias psicoativas frequentemente usadas em crimes sexuais. Além do estupro, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) relatou que a vítima foi impedida de deixar o local.
A perícia confirmou que a jovem sofreu violência sexual e que desenvolveu sequelas neurológicas e motoras devido à agressão. Um laudo da Secretaria Municipal de Saúde de Craíbas, anexado à denúncia do MPAL, aponta que ela enfrenta estresse pós-traumático, síndrome do pânico, ansiedade e depressão. O caso segue sob investigação, enquanto as autoridades buscam o paradeiro do acusado.