O rapper Oruam se manifestou nas redes sociais nesta segunda-feira (8) após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovar a revogação da prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar. O parlamentar está detido por suspeita de vazar informações de uma operação da Polícia Federal para favorecer um ex-deputado apontado por investigadores como ligado ao Comando Vermelho. Em tom irônico, Oruam escreveu: “Amanhã eles fazem mais uma operação para limpar a lambança que tá esse Rio de Janeiro.”
Bacellar foi preso na sede da Polícia Federal, onde havia sido convocado para uma reunião com o superintendente. No carro do deputado, agentes encontraram R$ 90 mil em espécie. No domingo (7), o programa Fantástico exibiu trechos do depoimento do parlamentar, no qual ele negou qualquer relação pessoal com o ex-deputado TH Joias. As mensagens encontradas no celular do ex-parlamentar, porém, indicam um vínculo mais próximo do que o admitido por Bacellar.
Durante o depoimento, Bacellar afirmou que apenas manteve relações institucionais com TH Joias e que se surpreendeu ao receber ligações de um número desconhecido. Ele também declarou não saber que a operação da PF tinha como alvo o ex-deputado, preso no mesmo dia. As contradições entre o depoimento e o conteúdo das mensagens fazem parte da investigação conduzida pela Polícia Federal.
A decisão da CCJ de revogar a prisão segue o procedimento previsto pela Constituição Federal para casos que envolvem deputados estaduais. O processo inclui a elaboração de um projeto de resolução, votação em plenário e publicação no Diário Oficial da Alerj, etapa que confirma formalmente a decisão do Legislativo. A comunicação ao STF e à Polícia Federal ocorre na sequência, permitindo a adoção de medidas cautelares e a eventual soltura.
Mesmo com a possibilidade de deixar a cadeia, Bacellar continua respondendo ao processo criminal. Já Oruam, que acompanha de perto debates sobre segurança pública no Rio de Janeiro, criticou a instabilidade política e afirmou que o episódio representa mais um capítulo da crise que atinge o estado.












