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“Não vou descansar até o assassino dela ser condenado”, alega filha de advogada morta a facadas

Assessoria MPE/AL

Durante o julgamento do caminhoneiro Alisson José Bezerra, que acontece nesta terça-feira (06), e é acusado de matar a facadas a advogada Maria Aparecida, em 2022, a filha do casal, Ana Beatriz e uma das testemunhas, relatou ter presenciado várias agressões do réu contra a vítima, além de ter renegado a paternidade do acusado.

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A filha do réu, Ana Beatriz afirmou que o acusado sempre foi violento, relatando episódio em que o irmão teria urinado após uma surra do pai. Beatriz disse não reconhecer Alisson como seu pai e o chamou pelo nome durante todo o testemunho. Ela também afirmou que os pais tinham um relacionamento conturbado e que presenciou várias agressões do réu, contra a vítima.

Em depoimento, a filha da Maria Aparecida alegou que a mãe era dependente emocional do réu, que a avó materna já foi agredida por ele e que ela própria já foi vítima de suas agressões. “Não vou descansar até o assassino dela ser condenado”, afirmou Ana Beatriz, que também relatou que durante o relacionamento dos pais, Alisson chegava a passar uma semana fora de casa. O mesmo imóvel que era monitorado por câmeras.

A irmã de Maria Aparecida, Cleonice das Dores Silva, que também testemunhou, descreu Alisson como “um monstro” e relembrou episódios de agressões de Alisson contra a vítima.

Ainda durante o julgamento, a defesa de Alisson tentou alegar que o réu sofre de ‘problemas psiquiátricos graves’, mas quando o médico foi apresentado durante o julgamento, Alisson alegou nunca ter visto ele antes. A manobra da defesa foi recusada pelo júri, que dispensou o testemunho do médico. A defesa de Alisson insistiu que o não reconhecimento seria mais uma prova de que o réu sofre de transtornos mentais, mas não apresentou qualquer laudo nos autos.

O julgamento é presidido pelo magistrado, Yulli Roter e Alison é acusado de homicídio triplamente qualificado.

Embora tenha confessado o crime, Alisson alegou não lembrar dos detalhes e que as câmeras em casa eram para monitorar os filhos, não a esposa. Hoje, durante o julgamento, ele preferiu se manter em silêncio.

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