12 de dezembro de 2025
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‘Não dá para brigar com a Justiça’, diz suplente de Zambelli sobre decisão que cassa deputada e ordena sua posse

O ex-deputado Adilson Barroso (PL-SP), suplente de Carla Zambelli, afirmou ao GLOBO que aguarda apenas a comunicação formal da Câmara dos Deputados para assumir o mandato da parlamentar, após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou a votação do plenário pelo arquivamento da cassação da parlamentar e determinou sua posse.

“Ainda não recebi a ligação, mas estou só esperando receber. Disseram que vão ligar a qualquer momento “, afirmou. Barroso explicou que ocupava uma cadeira na Câmara até o início de dezembro, quando deixou o mandato com o retorno do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) ao Legislativo. Segundo ele, a decisão do STF provocou uma reviravolta inesperada:

“Eu estava como deputado até o dia 3 de dezembro, quando o Derrite voltou e tive que desmobilizar. Mas, com essa surpresa, do Moraes não concordar com a Câmara e ela já não ter mais chance nenhuma de continuar com o mandato, estou pronto.” reforçou.

Durante o período em que Zambelli se licenciou por três meses, quem assumiu o mandato foi o deputado Coronel Tadeu (PL-SP), que está atrás de Barroso na linha de sucessão. Agora, a posse recai sobre Adilson Barroso que, mesmo se estivesse em exercício, teria prioridade, uma vez que a decisão do Supremo trata de perda definitiva do mandato, e não de afastamento temporário.

Moraes destacou que o entendimento do Supremo está consolidado desde o julgamento do mensalão, em 2012, e classificou a deliberação da Câmara como um ato nulo por inconstitucionalidade. A Primeira Turma do STF deve analisar o caso em sessão virtual extraordinária nesta sexta-feira.