Uma moradora de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, e seu marido serão indenizados em R$ 95 mil após um erro médico que levou a paciente a se submeter a sessões de quimioterapia desnecessárias. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que reconheceu falha grave na prestação do serviço.
De acordo com o processo, a confusão aconteceu em setembro de 2022, quando houve uma troca de amostras durante uma biópsia. O resultado apontou, de forma equivocada, a presença de um câncer maligno de mama. Somente dois meses depois, uma nova análise revelou que o tumor era phyllodes benigno, sem qualquer característica cancerígena.
Nesse período, a paciente passou por três sessões de quimioterapia, enfrentando todos os efeitos colaterais do tratamento, como queda de cabelo, vômitos e a implantação de um cateter, que deixou cicatriz permanente.
Ao julgar o caso, o TJSC condenou a cooperativa médica responsável a pagar R$ 75 mil à paciente e R$ 20 mil ao marido, por dano moral reflexo. A Justiça também determinou que os juros incidam desde a data do diagnóstico incorreto, em setembro de 2022. O recurso da cooperativa foi negado, mantendo a condenação integralmente.
