O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma investigação preliminar para apurar as circunstâncias do surto de intoxicação por metanol, que já registra 11 casos confirmados e 48 suspeitos em São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal. O procedimento será conduzido pela Procuradoria da República no DF, com apoio do comitê da Procuradoria-Geral da República (PGR) especializado em ordem econômica e defesa do consumidor.
A repercussão interestadual do caso motivou reunião de procuradores e subprocuradores-gerais da República nesta quinta-feira (2). A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), vinculada à PGR, também deve discutir o tema nesta sexta, buscando estratégias para combater a adulteração de bebidas alcoólicas em todo o país, incluindo ofícios a autoridades e possíveis representações judiciais.
O rapper Gustavo da Hungria, de 34 anos, foi internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, com suspeita de intoxicação por metanol. Segundo boletim médico, o quadro do músico é estável, mas ainda não há previsão de alta hospitalar. Familiares relataram que ele apresentou cefaleia, náuseas, vômitos e turvação visual, sintomas compatíveis com intoxicação pela substância.
Até o momento, uma morte já foi confirmada na cidade de São Paulo, enquanto outras sete permanecem em investigação: duas em Pernambuco (João Alfredo e Lajedo), três na capital paulista e duas em São Bernardo do Campo (SP). As autoridades seguem monitorando o surto e investigando a procedência das bebidas envolvidas.
