O número de crianças menores de cinco anos que morrem por doenças evitáveis pela vacinação teve um novo salto no Brasil em 2024, chegando a 48 óbitos de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidde (SIM), do Ministério da Saúde. Pelo terceiro ano consecutivo o número subiu. Em 2021, foram registradas apenas 15 mortes. O aumento de 220% em apenas três anos coincide com a queda das coberturas vacinais.
Somente entre 2023 para 2024 o aumento foi de 50%. Entre os anos de 2020 e 2021, por causa do uso de máscaras e isolamento social na pandemia, todas as doenças de transmissão respiratórias registraram queda e casos e mortes, como mostra uma reportagem do portal UOL.
A principal responsável por essas mortes infantis foi a coqueluche, uma infeção respiratória que não matava mais crianças no Brasil desde 2021. Os 21 casos de mortes assustaram a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), especialmente porque a imunização com a vacina pentavalente, aos 2,4 e 6 meses, previstas no calendário de vacinação infantil, poderiam prevenir todos os casos.
A principal responsável por essas mortes infantis foi a coqueluche, uma doença que não matava crianças no Brasil desde 2021. Ela é uma infecção respiratória, causada pela bactéria Bordetella pertussis, mas que pode ser prevenida com a vacinação. Os bebês devem receber três doses da vacina pentavalente, aos 2, 4 e 6 meses de idade; enquanto as grávidas devem ser imunizadas com a DTPa em todas as gestações, para proteger os recém-nascidos.
Em 2024, segundo o Observatório de Saúde na Infância, o número de casos aumentou mais de 1.200% no Brasil: foram pelo menos 2.152 registros da doença entre crianças menores de 5 anos de idade, que são as mais vulneráveis a complicações. Isso é mais do que a soma dos cinco anos anteriores.
“A coqueluche não foi um problema só no Brasil, mas o mundo inteiro vivencia uma alta a partir de 2023. Era esperado um aumento aqui, e por isso era fundamental termos coberturas melhores. A principal estratégia para proteger da doença é vacinar a gestante e o bebê”, reforça Juarez.









