Morre o nordestino J. Borges, mestre da xilogravura e cordel

J. Borges, renomado xilogravurista, poeta e cordelista pernambucano, faleceu na manhã desta sexta-feira (26), aos 88 anos, em Bezerros, sua cidade natal. A informação foi confirmada pelo filho do artista, Pablo, ao g1. Após ser internado há duas semanas com problemas pulmonares e cardíacos, Borges recebeu alta, mas veio a falecer em casa, por volta das 6h.

PUBLICIDADE


Conhecido como um mestre da arte popular brasileira, Borges teve uma educação formal limitada a apenas um ano de escola, mas aprendeu a ler, escrever e fazer contas. Iniciou sua carreira como carpinteiro e pedreiro antes de se dedicar à literatura de cordel, tornando-se escritor há 60 anos. Sua primeira xilogravura, uma imagem da igrejinha, marcou o início de sua carreira na arte.

Sua obra está em exibição no Museu do Pontal, no Rio de Janeiro, até 25 de março de 2025, e também foi apresentada em museus internacionais, incluindo o Louvre. J. Borges é lembrado por moldar a percepção visual do Nordeste e da xilogravura brasileira, conforme destacado pelo curador da exposição, Lucas Vandebeuque.