O ex-ministro brasileiro Eliseu Padilha faleceu em Porto Alegre na segunda-feira (13) aos 77 anos. Ele havia estado recebendo tratamento para câncer de estômago que havia sido detectado um mês atrás e foi hospitalizado na capital do estado do Rio Grande do Sul.
Padilha foi ministro durante as administrações de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), sendo seu papel mais importante como Chefe de Gabinete de Temer, durante um período turbulento na política brasileira, particularmente após o impeachment de Rousseff. Padilha nasceu em Canela, na região serrana do Rio Grande do Sul. Ele foi eleito para sua primeira posição como prefeito de Tramandaí, uma cidade costeira do sul do estado do Rio Grande do Sul, na década de 1980. Padilha foi um ex-líder estudantil e ajudou a criar o partido em 1966 durante a ditadura militar para se opor ao partido governante, a Arena. Ele permaneceu no partido pelo resto de sua vida, servindo como ministro em governos de diferentes espectros ideológicos.
Em 2017, Padilha foi acusado juntamente com Temer e outros membros do MDB de fazer parte de uma organização criminosa sob investigação na operação Lava Jato. A acusação, apresentada pelo então Procurador-Geral Rodrigo Janot, veio na esteira de depoimentos dados na investigação. O caso foi arquivado em 2021, com a defesa de Padilha argumentando que houve uma tentativa de criminalizar a atividade política.