Sergio Moro, senador pelo União Brasil-PR e ex-juiz da Lava Jato, rebateu as alegações de abuso do poder econômico nas eleições de 2022, classificando-as como “especulações fantasiosas”. Em entrevista ao Estadão nesta segunda-feira (17), Moro afirmou que tais acusações são apenas um estratagema do PT para calar a oposição democrática, comparando-as ao estilo autoritário venezuelano. O senador está enfrentando ações que questionam seus gastos eleitorais, alegando que ele ultrapassou os limites permitidos por lei. Caso comprovadas, essas ações podem resultar na cassação de seu mandato.
O processo ainda está em andamento e encontra-se na fase de produção de provas. No entanto, tanto adversários políticos quanto aliados de Moro apontam mudanças recentes no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que podem ter prejudicado a situação favorável que o senador desfrutava até o mês passado, conforme reportagem do jornal Estadão. Anteriormente, o processo de Moro estava sob responsabilidade do desembargador Mário Helton Jorge, que era considerado mais favorável a Moro. Contudo, o caso foi transferido para o desembargador D’Artagnan Serpa Sá, que, segundo o Estadão, não é identificado como adepto dos métodos utilizados na Operação Lava Jato.
A situação do senador Sergio Moro continua sendo acompanhada de perto, uma vez que as acusações contra ele têm repercussões políticas significativas. O desenrolar do processo no TRE-PR e as provas apresentadas serão determinantes para o desfecho dessa questão, podendo impactar o futuro político de Moro e suas atividades no Senado.