16 de dezembro de 2025
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Moraes classifica atuação da PRF no 2º turno de 2022 como “vexatória”

O ministro Alexandre de Moraes afirmou que o segundo turno das eleições presidenciais de 2022 representou “um dos momentos mais vexatórios de uma instituição respeitada como a Polícia Rodoviária Federal”. A declaração foi feita durante o voto que resultou na condenação do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques e de outros quatro réus, no julgamento de um dos núcleos da chamada trama golpista.

Segundo Moraes, a atuação da cúpula da PRF naquele período destoou da conduta histórica da corporação e não refletiu a postura da maioria dos policiais rodoviários federais. O ministro destacou que os agentes não concordavam com a condução adotada pelo então diretor-geral, que teria participado de atividades políticas ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Durante o voto, Moraes ressaltou que o envolvimento político de um dirigente de uma instituição de Estado compromete a credibilidade e a imparcialidade do órgão. Para ele, a utilização da estrutura da PRF em um contexto eleitoral representou grave desvio de finalidade e afronta aos princípios democráticos.

O julgamento analisou a responsabilidade de integrantes da cúpula da PRF por ações consideradas ilegais no período eleitoral, dentro das investigações que apuram tentativas de interferência no processo democrático. As condenações, segundo o ministro, reforçam a necessidade de preservação das instituições e do respeito à legalidade, especialmente em momentos decisivos da democracia brasileira.