O governo chileno emitiu um alerta de tsunami e ordenou a evacuação preventiva da população na região de Magalhães, no extremo sul do país, após um terremoto de magnitude 7,4 atingir a cidade de Ushuaia, na vizinha Argentina, nesta sexta-feira (2). O tremor foi registrado às 8h58, no horário local, com epicentro a aproximadamente 219 quilômetros da costa, na Passagem de Drake, rota marítima entre o extremo sul da América do Sul e a Antártida, e com profundidade rasa, o que aumenta o risco de formação de ondas.
Imediatamente após o abalo sísmico, o Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha do Chile (SHOA) estimou que ondas poderiam atingir bases na Antártida e cidades costeiras do sul chileno nas próximas horas. Como medida de segurança, o Instituto Antártico Chileno (INACH) informou à agência Reuters que as bases científicas na região estavam sendo esvaziadas.
De acordo com o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (SENAPRED), o país entrou em estado de precaução, com alertas para tsunamis de pequeno a médio porte. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos Estados Unidos, confirmou a expectativa de ondas entre 0,3 e 1 metro na Antártida, e de 1 a 3 metros ao longo da costa chilena.
Juan Carlos Andrade, diretor da agência estadual de desastres na região de Magalhães, declarou que “a evacuação preventiva terminou. Ou seja, todos estão voltando e retomando suas atividades. Todos os setores devem estar operando normalmente, com exceção de todas as atividades econômicas na costa”.
Nas redes sociais, vídeos mostraram moradores se retirando de áreas costeiras com calma, enquanto sirenes de evacuação soavam ao fundo, reforçando o alerta para que a população seguisse as orientações das autoridades.
Até o momento, não há relatos de feridos ou danos estruturais significativos, mas as autoridades seguem monitorando a situação.