O ministro da Justiça, Flávio Dino, fez uma declaração enfática em relação à criação de distinções entre brasileiros, afirmando que tal prática é proibida pela Constituição Federal. O ministro foi enfático ao mencionar que aqueles que optarem por seguir esse caminho são considerados “traidores da Pátria”. Sua afirmação faz referência a uma citação do ex-deputado e um dos maiores opositores da ditadura militar, Ulysses Guimarães.
As palavras de Flávio Dino surgiram em resposta ao anúncio do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em entrevista ao Estadão, onde ele propôs criar uma frente para o “protagonismo” das regiões Sul e Sudeste, colocando de lado os gestores estaduais das outras regiões do país. O ministro classificou a ideia de “absurda” e acusou os interessados no assunto de serem “extrema-direita”. Segundo o governador Zema, os governadores das regiões Sul e Sudeste almejam mais influência política e econômica, planejando agir em bloco para evitar perdas econômicas para outras regiões. Além disso, o grupo também cogita lançar um candidato de direita à Presidência nas eleições de 2026.
No entanto, Flávio Dino destacou que a Constituição Federal preza pela igualdade entre os cidadãos brasileiros, não permitindo a criação de divisões regionais que possam gerar distinções e desigualdades entre os estados. Ele reforçou a necessidade de respeitar os princípios fundamentais da Carta Magna, que buscam garantir a união e a harmonia do país, valorizando a diversidade e a integração entre todas as regiões.
A proposta de Romeu Zema gerou polêmica e acalorados debates sobre as implicações políticas e econômicas de uma eventual frente regional. Diante da manifestação do ministro da Justiça, a discussão tende a ganhar ainda mais relevância, com diferentes atores se posicionando a favor ou contra a ideia, levando em consideração os valores constitucionais e os princípios democráticos que regem a nação brasileira.
