Apesar de responder ao processo em liberdade, a médica Nádia segue impedida de se aproximar da própria filha por determinação judicial. Segundo a advogada Júlia Nunes, a restrição tem origem em uma ação de guarda ajuizada pelo ex-marido, Alan Victor, morto por ela no dia 16 de novembro.
De acordo com a defesa, o processo de guarda deveria ter sido automaticamente arquivado após a morte do autor da ação, o que não ocorreu. “Trata-se de um processo que perdeu o objeto com o falecimento de Alan. Ainda assim, ele continua produzindo efeitos práticos, como a proibição de aproximação da mãe em relação à filha”, afirmou a advogada.
A médica teve a prisão preventiva substituída por medidas cautelares, por decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), e passou a responder ao caso em liberdade. A decisão judicial considerou que, no momento, não estariam presentes os requisitos para a manutenção da prisão cautelar.
A liberdade, no entanto, não representa absolvição. Nádia segue formalmente acusada pelo homicídio do ex-marido e responde ao processo criminal.
Entre as medidas impostas pela Justiça está a proibição de aproximação da filha, o que impede qualquer contato direto, mesmo fora do regime de prisão. A restrição funciona, na prática, de forma semelhante a uma medida protetiva.
Antes da concessão da liberdade, a Justiça já havia decidido manter a guarda provisória da criança com as avós maternas, situação que permanece até nova deliberação da Vara de Família.
A defesa e familiares da médica alegam que Alan Victor teria cometido abuso contra a criança, mas essas acusações não foram confirmadas judicialmente e tramitam sob sigilo.








