O vereador por Maceió Siderlane Mendonça (PL), suspeito de comandar um esquema de rachadinha durante as eleições de 2020, continua recebendo remuneração integral como servidor da Câmara Municipal, mesmo estando afastado do cargo. Segundo dados do Portal da Transparência da Casa, ele recebe R$ 18.991,68 brutos por mês, sendo R$ 13.975,04 líquidos.
O presidente da Câmara, Chico Filho (PL), afirmou em entrevista à TV Pajuçara que um ofício foi encaminhado à Justiça solicitando esclarecimentos sobre os servidores afastados.
“A decisão fala em 11, mas aqui na Câmara só há três servidores afastados. Encaminhamos um ofício à juíza para entender se devemos exonerar, como será esse afastamento, porque não há previsão clara de como proceder. Já o parlamentar segue afastado, mas com remuneração garantida pela legislação, já que a decisão judicial não suspendeu seus proventos”, explicou.
Afastado desde 25 de abril por decisão da Justiça Eleitoral, Siderlane nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição política.
A vaga ainda não foi ocupada pelo primeiro suplente do PL, Caio Bebeto. Em nota, a Câmara informou que o Regimento Interno permite o afastamento de vereadores por até 120 dias sem necessidade de convocação do suplente.