15 de dezembro de 2025
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Medicamento para reverter lesões na medula óssea é aprovado para começar testes clínicos em São Paulo

Desenvolvido por pesquisadores brasileiros, o medicamento que promete reverter traumas com lesão medular avançará para a próxima fase, após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com cinco pacientes em hospitais renomados de São Paulo. A substância, chamada polilaminina, tem potencial para regenerar células da medula e devolver parcial ou totalmente a mobilidade dos pacientes.

A pesquisa é liderada pela bióloga Tatiana Coelho Sampaio, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, em parceria com o laboratório Cristália. Desde 2007, a equipe investiga a substância, que passou a contar com apoio do laboratório em 2018. Em testes iniciais, cerca de dez pacientes apresentaram resultados positivos, principalmente quando o medicamento foi aplicado até 24 horas após o trauma, mas também houve benefícios em casos antigos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 250 mil e 500 mil pessoas sofrem lesão medular a cada ano no mundo. Até agora, não havia tratamento medicamentoso efetivo para o problema. A polilaminina, aplicada diretamente na medula espinhal lesionada, ajuda os nervos a se reorganizarem e retomarem a comunicação, o que representa uma esperança inédita de recuperação.

Apesar dos avanços, a Anvisa reforça que ainda são necessários estudos clínicos adicionais para comprovar a eficácia e segurança em larga escala. A Santa Casa de São Paulo já está preparada para iniciar as aplicações assim que houver autorização definitiva para a continuidade da pesquisa.